segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Entenda o que é a COP 16!

Aconteceu durante a semana passada, o encontro climático, COP 16, na cidade de Cancun no México. Bastante falado nas mídias sociais, em blogs e televisionado, o evento reunia importantes líderes mundiais para discussões climáticas e novos acordos internaicionais.

Vamos saber mais sobre o evento e quais são seus objetivos?

Separamos um texto batante informativo e completo do site Meu Mundo Sustentável.

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Começou ontem, dia 29 de Novembro, em Cancún no México, a COP16 – 16ª Convenção das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Veja algumas informações sobre o evento, os participantes e as possibilidades de um acordo.

O Evento

(trechos retirados do site Atitude Sustentável)


Segundo os organizadores, todo o evento é realizado com energia eólica. Além disso, o hotel que recebe o encontro foi equipado com painéis solares para geração de energia. Já o transporte dos participantes é feito com 25 veículos movidos a biodiesel, 40 carros elétricos, 17 híbridos, 254 ônibus de ultra-baixo enxofre diesel e bicicletas. O evento vai durar até o dia 10 de dezembro.

Quem está na COP16?

(trechos retirados do site Planeta Sustentável)
Entre nações ricas e emergentes, 193 países de todo o mundo participam da 16ª edição da Conferência, defendo seus diferentes pontos de vista a respeito do combate às mudanças climáticas. Embora todos eles tenham voz durante às negociações, algumas nações são consideradas mais importantes nas discussões, por conta de seus cenários políticos e econômicos.
Responsáveis por cerca de 45% das atuais emissões globais de GEE, os países que integram o G8 são tidos como personagens fundamentais da COP16. São eles, em ordem decrescente de emissão:
  1. EUA (que é a nação que mais polui dentro do grupo, sendo responsável por cerca de 23% das emissões de GEE);
  2. Rússia;
  3. Japão;
  4. Alemanha;
  5. Inglaterra;
  6. Canadá;
  7. Itália;
  8. França (que é o país do G8 que menos emite, sendo responsável, anualmente, por cerca de 2% das liberações de GEE na atmosfera).

As nações que integram o G20 e não fazem parte do G8 também são consideradas importantes nas negociações da Conferência, por serem responsáveis por, aproximadamente, 33% das emissões globais de GEE. São elas, também em ordem decrescente de emissão:
  1. China (que é responsável por 16% das emissões globais);
  2. Índia;
  3. México;
  4. Coréia;
  5. Austrália;
  6. África do Sul;
  7. Brasil;
  8. Espanha;
  9. Indonésia;
  10. Irã;
  11. Polônia;
  12. Nigéria (que emite cerca de 0,5% anualmente).
Juntos, todos esses países são responsáveis por cerca de 78% das emissões globais de GEE e, por isso, são tão importantes nas discussões da COP16 – sendo que as nações que emitem mais dentro de cada grupo, claro, são mais visadas durante as negociações.
Os demais países do mundo emitem o restante – cerca de 22% –, mas nem por isso têm papel insignificante na Conferência. Tudo depende do modo como se posicionam nas salas de negociação. No ano passado, na COP15, por exemplo, o pequeno país-ilha Tuvalu – que corre o risco de desaparecer por culpa das mudanças climáticas, assim como o Kiribati, no Pacífico Sul – teve uma atuação tão presente no evento que chegou a provocar a interrupção das negociações da Conferência por algumas horas.


O ponto mais alto de todas as ilhas de Kiribati é 2 metros

Fongafale, maior ilha do país Tuvalu

Segundo a Chancelaria mexicana, mais de 20 presidentes confirmaram presença, entre eles, vários latino-americanos como o venezuelano, Hugo Chávez, o boliviano, Evo Morales, o equatoriano, Rafael Correa e o colombiano, Juan Manuel Santos, entre outros.

Duas possibilidades

Existem duas possibilidades de acordo. Uma seria uma reedição do Protocolo de Kyoto, com novos prazos e obrigações. Mas continuaria deixando de fora os Estados Unidos. E não imporia reduções aos países emergentes – uma falha, se a China já polui mais do que os EUA em volume absoluto.

A segunda opção, mais provável, é um novo tratado, que incluiria os americanos e países emergentes, como o Brasil. Em 2009, na 15ª Conferência das Partes (COP 15) da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, na Dinamarca, os países chegaram o mais perto de um acordo que já houve. Foram algumas grandes conquistas. O esboço estabelece que o planeta precisa limitar a elevação de temperatura a no máximo 2 graus célsius no fim deste século. Determina que, para chegar a esse teto, as nações – sejam pobres, emergentes ou ricas – têm a obrigação de traçar metas concretas de corte de emissões de gases poluentes. Prevê uma mobilização para formar um fundo de até US$ 100 bilhões por ano, de 2012 a 2020. E, como principal avanço, convence os Estados Unidos a entrar no processo – vital para o sucesso de qualquer futuro tratado global.

Conclusão

Nem por isso a COP16 será em vão. Já que não há expectativas em assinar um documento com valor legal, os representantes terão oportunidade de debater com calma questões essenciais. Se isso acontecer, vai facilitar as negociações da COP17 que acontecerá ano que vem na África do Sul. De lá, temos grandes chances de ter um acordo de verdade!

Fontes:

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